O dia 13 de dezembro de 1912 poderia ser um dia qualquer na cidade de Exu, em Pernambuco, mas quis o destino que não fosse. Era uma sexta-feira, dia de São Luiz Gonzaga, santo de que o filho de Januário José dos Santos e de Ana Batista de Jesus herdaria o nome. Luiz Gonzaga se tornaria um dos mais famosos nomes da música popular brasileira.
Baseado nessa memória, o Musicograma programou Lua, homenagem ao centenário de Gonzagão. A lembrança de Luiz Gonzaga é a melhor reflexão que se pode fazer sobre um artista cuja obra traz ao Brasil a consciência da sua grandeza criativa. Esse programa inclui ainda algumas imagens exclusivas gravadas no estúdio da TVE.
Quando Gonzagão iniciou a carreira, nos anos 1930, os ritmos da moda eram o samba-canção, o choro e gêneros musicais estrangeiros. Para sobreviver, tornou-se instrumentista e tocava valsas, fados, tangos, foxtrotes, samba-canção e choro. Aliás, foi numa roda de choro que ganhou o apelido de “Lua”, dado por Dino Sete Cordas, um dos violões mais famosos do choro, por causa do rosto redondo.
O reencontro de Gonzagão com a cultura nordestina começou em 1941, quando gravou Vira e Mexe. A música foi tocada no Programa Ary Barroso e garantiu a Gonzagão o primeiro contrato com a Rádio Nacional.
A partir daí, o chapéu, o gibão e as sandálias de couro substituíram o terno e a gravata. Lua formatou a sonoridade do forró com o trio composto por sanfona, zabumba e triângulo. E a MPB, que antes tinha os olhos voltados apenas para o que acontecia na então Capital Federal (o Rio de Janeiro), começou a prestar atenção noutro país, musicalmente surpreendente e novo, que Luiz Gonzaga apresentou.
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