A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa do Distrito Federal ouviu nessa segunda-feira (4) o general Carlos Penteado. Ele era o secretário-executivo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) na época dos atentados de 8 de janeiro. Em seu depoimento, Penteado negou ter recebido qualquer relatório, mensagem ou ligação alertando para a possibilidade de ações violentas na praça dos Três Poderes.
Na semana passada, o general Gonçalves Dias, ministro que assumiu o GSI em janeiro, contou à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional que o subordinado lhe garantiu, por volta das 14h, no dia 8, que a situação na Esplanada dos Ministérios estava sob controle. Penteado rebateu a fala de G. Dias, explicando que não tinha dados para passar ao superior naquele momento. Ele disse ter sido notificado apenas às 14h50 que os manifestantes tinham rompido a barreira policial da Esplanada dos Ministérios. E teria avisado imediatamente o ocorrido a G. Dias e se dirigido ao Palácio do Planalto, onde viu que as ações no local eram muito violentas.
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