No episódio de hoje de O Brasil de Darcy Ribeiro você vai ver que, durante seu exílio no continente, Darcy semeia reformas educacionais em universidades e torna-se um cidadão latino-americano.
O depoimento do professor de História Daniel Aarão Reis abre o programa jogando luz sobre a onda de otimismo revolucionária surgida em 1968, no Brasil e no exterior.
"1968 foi um ano que reuniu muitas propostas diferenciadas e isso desencadeou uma grande onda de otimismo em todo mundo... ... O Brasil viveu nessa época um momento culminante de insatisfação contra a ditadura e as suas armadas espolcando , muito poucas, mas ganhando repercussão, porque eram inéditas".
No Chile, Darcy assessora informalmente o presidente Salvador Allende. O golpe militar de 1973 aniquila a via do ‘socialismo em liberdade’. Em Lima, militares fazem uma revolução social e Darcy projeta o socialismo cibernético.
O programa também retrata a dificuldade enfrentada pelos exilados para obter um documento brasileiro, caso do passaporte.
"Não nos recebiam para nada, não nos outorgavam o direito de ao passaporte, afinal de contas nós podíamos ser exilados, mas nós éramos brasileiro, tínhamos direito ao documento de brasileiro", conta o ex-ministro do Trabalho e da Previdência Social, Almino Afonso. Até o presidente João Goulart teve negado o passaporte, como revela Teresa Gourlart.
Os anos de chumbo na América Latina lhe pesam e os ventos do exílio já não lhe dizem mais nada. Darcy descobre que tem câncer e consegue autorização especial para se operar no Brasil. Passa a vir com frequência até que a ditadura militar aceite a sua volta definitiva.
Direção: Ana Maria Magalhães
Produção: Diogo Dahl
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