Lançado em 1989 pela cineasta e socióloga Raquel Gerber, Ôrí é a atração desta sexta (18), às 22h. O filme documenta os movimentos negros brasileiros entre 1977 e 1988, buscando a relação entre Brasil e África, cujo fio condutor é a história pessoal de Beatriz Nascimento, historiadora e militante, falecida trágica e prematuramente no Rio de Janeiro, em 1995.
O filme traça um panorama social, político e cultural do país, em busca de uma identidade que contemple também as populações negras, e mostrando a importância dos quilombos na formação da nacionalidade. A palavra Ôrí, significa cabeça, consciência negra, e é um termo de origem Yoruba (ref. à África Ocidental).
Ôrí recupera junto aos movimentos negros a imagem do "herói civilizador" Zumbi de Palmares para uma identificação positiva do homem negro na modernidade. A comunidade negra aparece em sua relação com o tempo, o espaço e a ancestralidade, através da concepção do projeto de Beatriz que vê o "quilombo" como correção da nacionalidade brasileira.
A fotografia é de Hermano Penna, Pedro Farkas, Jorge Bodanzky e outros. Música original do percussionista Naná Vasconcelos, arranjos de Teese Gohl; montagem de Renato Neiva Moreira e Cristina Amaral e texto de Beatriz Nascimento. Reprise. 91 min.
Documentário. De Raquel Gerber. 1989 / Restauração digital 2008. Fotografia adicional Adrian Cooper, Jorge Bodanzky e Pedro Farkas. Trilha sonora Naná Vasconcelos.
Livre
Horário: sexta, às 22h.
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