O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) divulgou o “Atlas da Violência 2024”. Os números são mais uma vez alarmantes, e mostram que somos um país especialmente perigoso para mulheres, negros e meninas.
Os dados do Atlas são relativos a 2022. Naquele ano, do total de homicídios de mulheres registrados pelo sistema de saúde, as negras corresponderam a 66,4% das vítimas. Em números absolutos, foram 2.526 mulheres negras assassinadas, uma taxa de 4,2 por grupo de 100 mil. Para as não negras, foi de 2,5 para cada grupo de 100 mil.
Segundo o estudo, isso significa dizer que as mulheres negras tiveram 1,7 vezes mais chances de serem assassinadas. Outro dado revela que em 17 unidades da federação as taxas de homicídios de mulheres negras superaram a taxa nacional.
Com relação aos dados da violência em geral, o “Atlas da Violência 2024” revela que o estado da Bahia é o mais violento do país, com 11 cidades entre as maiores taxas de homicídio em municípios com mais de 100 mil habitantes. Os cinco principais são: Santo Antônio de Jesus, Jequié, Simões Filho, Camaçari e Juazeiro.
Na região Norte, o município mais violento é Altamira, no Pará, com a sexta maior taxa de homicídios: 71,3 mortes por 100 mil habitantes.
Sorriso, no Mato Grosso, na região Centro-Oeste, ficou na sétima colocação, com 70,5 homicídios. O município de Itaguaí, na região metropolitana do Rio de Janeiro, lidera o ranking dos mais violentos no Sudeste, com taxa de 59,9 mortes por 100 mil.
Somente dois municípios do Sul estão entre os 50 mais violentos: Paranaguá, no
Paraná, com taxa de 52,8 (28ª posição), e Rio Grande, no Rio Grande do Sul, com taxa
de 47,9 (39ª posição).
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