O Congresso Nacional teve uma semana movimentada, com intensos debates. Até aqui, tudo bem, já que o parlamento é o espaço para a divergência e isso é fundamental para a qualquer democracia. O problema é que existe uma linha, não tão tênue, que não deve ser ultrapassada. Por vezes é, mas não devia. E isso aconteceu algumas vezes nesta semana que faltou bom-senso, para dizer o mínimo.
O pior dia, sem dúvida, foi a quarta-feira (5). Começou com discussões acaloradas, no Conselho de Ética, que decidiu arquivar um processo de quebra de decoro contra o deputado André Janones (Avante-MG). Na tentativa de apartar uma briga entre Janones e Nikolas Ferreira (PL-MG), no fim da sessão, o deputado Rogério Correia (PT-MG) teria sido agredido pelo deputado Éder Mauro (PL-PA).
Outro caso também envolve Nikolas Ferreira, que fez ataque transfóbico contra a deputada Érika Hilton (PSOL-SP), em uma sessão da Comissão de Direitos da Mulher. O ataque teria sido motivado por ofensas de Hilton contra a deputada Julia Zanatta (PL-SC).
Ainda na quarta-feira, só que na Comissão de Direitos Humanos. Éder Mauro, ele de novo, deu um tapa no rosto de um assessor parlamentar que pedia a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Momentos antes, a deputada Luiza Erundina (PSOL-SP) havia passado mal, na mesma comissão, que foi marcada também por discussões acirradas sobre violência policial.
O presidente da câmara dos deputados, Arthur Lira (PP-AL), ainda não se manifestou sobre esses casos.
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