O Ministério Público Federal entrou com mais uma ação civil pública para que 37 agentes ou ex-agentes da ditadura sejam responsabilizados pela execução de Carlos Marighella, um dos mais destacados opositores do regime militar. Entre outras condenações, a ação pede que os envolvidos no episódio percam aposentadorias, restituam gastos do estado brasileiro com indenizações concedidas a parentes da vítima e paguem danos morais coletivos que a repressão política causou à sociedade. No caso dos réus já falecidos, os herdeiros deverão arcar com as reparações. O MPF quer que o estado de São Paulo e a União, também réus, sejam obrigados a realizar um ato público em desagravo à memória de Marighella e a incluir informações sobre o caso em espaços de memória dedicados ao período.
Marighella dirigia a Aliança Libertadora Nacional, organização de resistência armada à ditadura, e foi morto na capital paulista em uma emboscada armada pelo DOPS em novembro de 1969. Ele foi executado desarmado.
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