O governo está estudando a volta do horário de verão. O período de estiagem e a consequente necessidade de acionamento das termoelétricas aumentaram o valor da energia elétrica. Em julho, a bandeira tarifária ficou amarela, o que significa uma conta mais cara.
Nesse ínterim, um levantamento feito pela Associação de Bares e Restaurantes (Abrasel) com usuários da plataforma Reclame Aqui concluiu que, entre três mil respostas, cerca de 42% foram favoráveis ao retorno do horário de verão, enquanto aproximadamente 26% se disseram totalmente contrárias.
A medida tem como objetivo aproveitar o maior tempo da luz natural do dia para economizar no consumo de energia elétrica. O horário de verão era um costume no Brasil desde 1931, mas foi abolido em abril de 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro, com a justificativa de que essa economia já não era tão relevante.
Com a volta do horário de verão à mesa de debates, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou na semana passada que a medida é uma possibilidade, mas não é um fato, já que tem implicações na economia e afeta a rotina das pessoas.
O presidente Lula se reúne nesta semana com representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Operador Nacional do Sistema (ONS) para discutir prós e contras da volta do horário de verão.
Alguns setores, como o de bares e restaurantes, representados pela Abrasel, já se manifestaram a favor da mudança no relógio. A justificativa é que as pessoas ficariam mais dispostas a socializar com mais tempo de luz solar durante o dia e o faturamento do setor aumentaria em torno de 15%.
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