O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, chegou no fim da tarde desta quarta-feira (9) em Brasília. Por volta das 17h, ele desembarcou no hangar da Polícia Federal e foi levado para o prédio da Superintendência PF.
Silvinei foi preso pela PF na manhã de hoje, em Santa Catarina, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é suspeito de interferência nas eleições presidenciais do ano passado. E é acusado de crimes de prevaricação, abuso de autoridade e de impedir o exercício do voto ao prejudicar o transporte de eleitores.
A investigação sobre o caso foi aberta em fevereiro deste ano. Segundo a PF, policiais rodoviários federais teriam feito bloqueios em estradas do Nordeste para tentar impedir o voto de eleitores do então candidato Lula, durante o segundo turno das eleições. A PF disse ainda que os crimes foram planejados desde o início de outubro de 2022.
Além da prisão preventiva de Vasques, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e no Distrito Federal, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).
A operação, chamada de Constituição Cidadã, contou com o apoio da Corregedoria da PRF, que determinou a coleta de depoimento de 47 agentes da polícia. Em nota, a PRF informou também que, paralelos à investigação do Supremo, foram abertos três processos administrativos disciplinares contra Silvinei.
Em junho, em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, Silvinei negou que tenha feito planos para impedir o voto dos eleitores de Lula. A relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), disse que, com a prisão, Silvinei deve ser convocado novamente a depor.
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