Em 2023, o Brasil obteve o melhor resultado de transplante de órgãos dos últimos 10 anos. A meta de 2024 é bater um novo recorde. Os números são animadores, mas para que os transplantes aconteçam é preciso uma conjunção de fatores para que haja sucesso na cirurgia e, por consequência, garanta saúde e qualidade de vida para quem depende de um órgão.
Para o médico Alexandre Cauduro, coordenador estadual de transplantes do Rio de Janeiro, o Brasil registra um aumento de doações de órgãos, mas as operações não acompanham o ritmo, por razões que vão desde a qualidade do órgão doado à capacitação das equipes que fazem a captação.
“Depois da morte encefálica, depois que o potencial doador vira um doador realmente.. Às vezes, você precisa mantê-lo vivo em boas condições para que, no momento da retirada dos órgãos, os órgãos estejam funcionando. Então, é um procedimento bastante complexo, que envolve várias avaliações, e também um cuidado com o doador lá no hospital, para que a gente possa oferecer um órgão de qualidade que possa ser utilizado”, explica o médico.
Na doação de órgãos, o tempo de espera depende de alguns fatores. “Se o paciente está mais grave, ele tem uma prioridade na fila, então ele recebe uma oferta na frente dos outros. Aqueles pacientes que preenchem um critério de gravidade... e, obviamente, o restante é a compatibilidade. Antes de tudo, tem que ser compatível com aquela pessoa para ela poder receber”, destaca Cauduro.
Doe órgãos
Para ser um doador, basta conversar com sua família sobre o seu desejo. Para descomplicar, neste ano foi criado um site e um aplicativo onde qualquer pessoa pode manifestar esta intenção de ser doador de órgãos no app e no site www.aedo.org.br. A informação fica registrada nos cartórios e, em caso de necessidade, seu médico poderá acessar e agir de acordo com a declaração.
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