A OEA aprovou hoje uma resolução sobre as eleições na Venezuela. O texto passou por consenso e teve a anuência do Brasil, que tinha se abstido do voto duas semanas atrás, quando outra resolução não conseguiu ser aprovada.
Essa nova proposta, liderada pelos Estados Unidos, reforça a cobrança pela divulgação das atas por seção eleitoral. Mas, desta vez, a resolução abriu mão da verificação externa do processo eleitoral venezuelano. Opositores do regime do presidente Nicolás Maduro contestam o resultado das eleições.
Segundo o órgão eleitoral do país, o atual presidente Nicolás Maduro venceu com quase 52% dos votos, mas o partido de oposição afirma que o candidato de centro-direita Edmundo González Urrutia venceu o pleito com 67% dos votos.
A delegação brasileira se manifestou e criticou o tratamento da OEA à Venezuela desde 2017 e diz que a posição do órgão não tem contribuído para diminuir tensões e construir soluções no país.
O país também reiterou que considera fundamental a apresentação pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela dos resultados das eleições presidenciais de 28 de julho desagregados por mesa de votação para permitir uma verificação imparcial dos resultados eleitorais respeitando a soberania popular.
O Brasil também pediu que as forças de segurança venezuelanas garantam o pleno exercício do direito democrático dentro dos limites da lei.
E ainda disse que o respeito aos direitos humanos deve prevalecer em qualquer circunstância.
Importante dizer que a Venezuela está fora da OEA desde 2019 e por isso a resolução não deve ter um efeito prático, mas reforça o isolamento da venezuela no cenário internacional.
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