De janeiro a julho deste ano foram registrados mais de oito mil casos de febre oropouche em pelo menos cinco países das Américas. O número de registros no Brasil aumentou. Mais de 7 mil casos foram confirmados em 21 estados, sendo com 76% deles ocorrendo na Amazônia. Na semana passada, duas mortes foram registradas no interior da Bahia e a primeira morte de um feto foi confirmada pelo Ministério da Saúde em Pernambuco.
A explosão dos casos fez com que a Organização Pan-Americana de Saúde emitisse um alerta para doenças nas Américas. A OPAS fez o alerta devido à gravidade dos casos, considerando pontos como os registros da doença fora das regiões endêmicas, as mortes confirmadas e a identificação de uma possível transmissão vertical do vírus, ou seja, da mãe para o bebê durante a gestação ou o parto.
A febre oropouche é uma doença transmitida pelo mosquito conhecido como maruim. A Opas atribui o aumento da doença às mudanças climáticas, ao desmatamento e à urbanização descontrolada. Por isso, recomenda-se a limpeza de terrenos. Em caso de sinais ou sintomas como febre, dor de cabeça, náuseas, vômito, sensibilidade à luz e calafrios, deve-se procurar uma unidade básica de saúde.
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