No Amazonas, 20 municípios estão em situação de emergência. A seca dos rios já atinge mais de 63 mil famílias no estado, os dados são do Sistema Integrado sobre Desastres da Defesa Civil. O Amazonas está passando por uma estiagem que, segundo especialistas, pode ser ainda pior do que a vivenciada no ano passado, considerada a pior da história.
Em Manaus, o Rio Negro apresentou, na quinta-feira (23), uma queda significativa de 21 centímetros, a maior vazante desde junho. Para se ter uma ideia, em 2023, essa marca só foi atingida no dia 7 de setembro, quando normalmente acontece o pico da estiagem.
Essa situação é ainda pior no interior do Amazonas. O Estado está realizando diversas ações para auxiliar os municípios que estão isolados por causa da descida dos rios. Cerca de 226 toneladas de alimentos já foram distribuídas para as regiões mais afetadas. Também foram instalados 24 purificadores de água, além do envio de caixas d’água para melhorar o acesso à água de qualidade para essas pessoas.
Essa seca também se junta às queimadas, que formam uma corrente de fumaça que se espalha não só pelo Amazonas, mas também para outras regiões do país. De junho até o dia 22 de agosto, o Corpo de Bombeiros do Amazonas combateu mais de 8.700 focos de calor, sendo 646 na capital e mais de 8.100 no interior do estado. Por isso, o manejo do fogo está totalmente proibido para evitar a formação de novos focos.
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