Nesta terça-feira, a jornalista Leila Salim Leal, que está em Beirute, contou como têm sido os últimos dias na capital do Líbano. Leila é correspondente da Telesur, canal latino-americano e caribenho.
Acompanhe o depoimento
“Eu estou em Beirute, numa área central de Beirute que não foi alvo de nenhum ataque até agora. É considerada uma área mais segura. A última semana aqui no Líbano, e o dia de ontem (23) em particular, foram terríveis, com uma escalada muito grande da agressão israelense. Dezenas de milhares de pessoas precisam deixar as áreas mais intensamente atacadas por Israel, sobretudo do final de semana para cá e no dia de ontem, segunda-feira. Essas áreas são o sul do Líbano, na fronteira com o norte de Israel, e também o Vale do Bekaa, que é uma região no leste do Líbano.
A comunidade brasileira aqui no Líbano se concentra muito fortemente nessas duas áreas, tanto no sul quanto no Vale do Bekaa. A gente tem pessoas que, desde ontem, estão tentando sair do sul, mas estão presas na estrada. Tem muito engarrafamento e muita dificuldade de locomoção. Algumas pessoas chegaram aqui durante a noite de ontem e a madrugada, depois de 7 horas, em alguns casos até 9 horas de estrada. São famílias inteiras chegando.
A gente teve também três ataques, de sexta-feira para cá, em um subúrbio, que fica ao sul de Beirute, uma área residencial densamente povoada e que é controlada pelo Hezbollah, que é um partido político e um grupo paramilitar aqui do Líbano”.
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