Em 43 anos de existência, o Festival de Cinema de Brasília não apenas exibiu filmes, mas também mobilizou ideias, criou movimentos e viu a construção de grandes cineastas. Revista do Cinema Brasileiro acompanhou a última edição do evento, que exibiu seis longas, 12 curtas em 35 milímetros e 22 digitais. O principal acontecimento do audiovisual na capital do país promoveu o encontro simbólico entre Glauber e seu filho, Eryk Rocha.
Transeunte - primeiro longa de ficção dirigido pelo filho - foi vencedor dos Candangos de Melhor Ator e Melhor Longa. A participação póstuma do pai ocorreu graças à primeira exibição da cópia restaurada de O Leão de 7 Cabeças, filme rodado por Glauber no Congo Brazzaville, em 1969, durante o exílio. Esta é uma das obras do diretor menos exibidas ao público. Tem também uma entrevista com Fernando Adolfo, curador do Festival, que este ano deu espaço para a força criativa da nova geração. A liberdade na narrativa e a busca por uma linguagem original marcou a safra deste ano, como em O Céu Sobre os Ombros, de Sérgio Borges, vencedor de seis Candangos, entre eles, os de Melhor Diretor e Melhor Filme.
No estúdio, Julia Lemmertz recebe o diretor José Eduardo Belmonte. Nascido em Brasília, moldou seu amor pelo cinema entre o curso da UNB e o Festival. Tomou como inspiração filmes de diversos diretores que foram alçados pelo evento, como Júlio Bressane e Rogério Sganzerla. Durante a entrevista, Belmonte fala sobre a importância do Festival para a história do cinema nacional e revela se ele ainda mantém como característica o perfil político e a discussão estética.
Ainda neste sábado, o filme Amor?, de João Jardim, escolhido pelo voto popular no festival. No elenco, Julia Lemmertz, Lilian Cabral, Fábio Nascimento e muitos outros. O filme busca entender o porquê da violência se fazer presente em tantos relacionamentos afetivos.
Horário: Sábado, 20h30
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