A TV Brasil estreia em 9 de maio, às 14h30, o programa semanal TV PiÁ, que tem como público-alvo crianças de 6 a 12 anos, além de pais e educadores. Após meses de produção, doze cidades e vários estados visitados, a TV Piá chega aos domingos à tela da emissora pública para mostrar a diversidade cultural das crianças, o que pensam, como brincam e se divertem. Os meninos e meninas, os chamados piás, assumem o controle do programa.
Eles saem às ruas munidos de microfone, entrevistando, pesquisando e interagindo com a realidade de cada lugar. São crianças da chamada geração Z, que já nascem "zapeando", "logadas", "conectadas" e "plugadas" em tudo, e que nunca imaginaram o mundo sem computadores, chips e internet. Saber como essas crianças se expressam no mundo, quando estão sozinhas ou em grupos, é outra missão da TV PiÁ.
Para debater os assuntos do ponto de vista das crianças, o programa usará vídeos de celular, de câmeras digitais, animações, desenhos e músicas feitas pelas próprias crianças. TV PiÁ se propõe ainda a levar meninos e meninas de um determinado grupo para conhecerem outro, completamente diferente. Com isso, tenta romper barreiras culturais, sociais e econômicas, procurando cruzar mundos, épocas e classes sociais diferentes. Em uma das atrações gravadas, duas meninas saem de uma escola em Perus, na periferia de São Paulo, e vão conhecer uma aldeia guarani que fica a oito quilômetros de suas casas. Elas nem sabiam da existência da aldeia. Ali deparam com uma realidade diferente e conhecem a língua guarani. Uma indiazinha serve de intérprete.
TV PiÁ terá 26 minutos de duração. O programa é dividido em três blocos e será constituído por quadros. É uma coprodução da TV Brasil com a PiÁ Comunicação, e criação, direção e roteiro de Dilea Frate e Sérgio Sbragia.
Quadros do programa
O primeiro, Fala PiÁ, é um espaço de debate sobre os mais diversos assuntos. Estarão ali meninos e meninas pertencentes a diferentes grupos culturais, sociais ou regionais, reunidos em praças, clubes, quadras esportivas, praias, parques, ou qualquer outro cenário característico, sem adultos interferindo e expondo suas opiniões. Os temas se relacionam com a realidade das crianças. Mas, assuntos de atualidade ou de interesse geral que, normalmente, elas não são chamadas a opinar, também entram na pauta. O microfone do programa estará com as crianças.
Em Brincadeiras, quadro que permeia toda a série, é possível entender como algumas das crianças se estruturam, revela como elas se comportam em disputas, competições e se organizam em grupo. A ideia é pôr um grupo brincando e ensinando o seu jeito de brincar para outro. As brincadeiras poderão ocorrer em bairros, áreas de lazer, ou espaços de educação. Bola de meia, pula corda e amarelinha fazem parte da diversão.
No PiÁ Repórter, as crianças fazem papel de jornalistas, apresentando a realidade sob o seu ponto de vista. Uma ou mais crianças escolhem um entrevistado, um tema de seu interesse e assumem a condução do quadro. Além de empunharem o microfone, as crianças também terão à sua disposição uma câmera de simples manuseio para a realização de reportagem.
Entre elas, a de Pedro Paiva, o menino mais novo que participou do programa, com apenas três anos, que leva o público a conhecer o mundo fantástico da ciência, no espaço Catavento, museu interativo na cidade de São Paulo. Já a pequena Laura Machado, com 4 anos, foi repórter por um dia no zoológico da capital paulista e deu um show de criatividade e desenvoltura apresentando os animais do parque à sua maneira. No Rio de Janeiro, o microfone esteve com um pequeno gênio da astronomia, Caetano Motta, que percorreu o planetário da cidade dando demostrações de que conhece mundo das estrelas e das galáxias como poucos. Em Nova Petrópolis (RS), as meninas Dandara Becker e Tifani Dutra bancaram as repórteres juntas e mostraram o bairro e a escola Piá, que levam o mesmo nome do programa!
No quadro "Atravessando Mundos", crianças de realidades bem diferentes deparam umas com as outras. No primeiro episódio da série, moradores do Jardim Botânico, bairro da Zona Sul carioca, vão conhecer outras crianças que vivem na favela do Vidigal. No morro, a criançada do asfalto aprende a empinar pipa na laje, dançar como o Michael Jackson, jogar capoeira e realizar tarefas domésticas que não estão muito acostumadas, como lavar louças e arrumar a casa.
No programa seguinte é a vez dos meninos do "morro" descerem para o "asfalto", onde conhecem um apartamento de classe média, jogam bola na pracinha e aprendem a brincar de wii. No final do dia, depois de muitas risadas e indagações, todos se juntam para pintar um quadro abstrato, um momento mágico de completa integração.
"Adultos Hoje, Crianças Ontem" é o quadro em que o adulto aparece para mostrar um vídeo seu de quando era criança e comenta o que aquele momento representou em sua vida. Nesse quadro estarão vídeos caseiros ou fotografias antigas - momentos em família, festinhas, ou eventos em que os adultos ainda eram pimpolhos e que têm alguma relação com a atualidade - são exibidas enquanto o adulto fala daquele tempo e de como um determinado período ou situação influenciou a sua vida no presente.
Já em "Perfil", como o próprio nome diz, o programa mostra o dia a dia de crianças muito talentosas. No segundo episódio, exibe o trabalho do cartunista João Montanaro que, com apenas 13 anos, já é um grande artista e vende suas "tirinhas" para o jornal Folha de São Paulo. Depois de apresentar o seu trabalho, João foi conversar com um de seus maiores ídolos, Laerte, que também é cartunista da Folha.
O programa sempre finaliza com os melhores vídeos postados no "Piatube". Nesse quadro, serão mostrados vídeos com duração de 1 a 5 minutos realizados por crianças. Abre, assim, a possibilidade de exibição de animações, documentários e até mesmo ficções, feitas por alunos de escolas públicas ou de projetos de complementação escolar.
Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.
