O programa Arte com Sérgio Britto do sábado (26), às 20h, faz uma retrospectiva de algumas das atrações de teatro exibidas no início de 2011, no Rio de Janeiro.
Para começar, Sérgio Britto comenta o primeiro monólogo da carreira do ator Chico Diaz, que estreou em janeiro no CCBB do Rio de Janeiro com a peça A lua vem da Ásia. Sozinho no palco, Chico contou com uma boa parceria nos bastidores. Convidou Aderbal Freire Filho, que já havia levado aos palcos outra obra prima de Campos de Carvalho, o Púlcaro Bulgaro, para fazer a supervisão dramatúrgica. Foi dirigido por Moacir Chaves e convidou Fernando Mello da Costa para fazer os cenários.
Roberto Bomtempo comemorou seus 25 anos de carreira na TV, no cinema e no teatro, dirigindo a peça Besame Mucho. Trata-se de um importante texto do escritor Mario Prata, que passou 30 anos sem ser montado profissionalmente. O irresistível senso de humor do autor está a serviço do retrato de uma época. Os personagens principais são quatro amigos, na verdade dois casais, que vivem numa cidade do interior paulista, num momento de luta conta a repressão política, social, religiosa e moral. O Brasil dos anos 60.
O jovem Caio Blat se junta ao veterano Domingos de Oliveira com a árdua missão de levar Fiódor Dostoievski para o palco. E é do amor e da amizade entre jovens que trata a peça que ganhou o nome Um coração fraco. Com cenários de Fernando Mello da Costa e luz de Maneco Quinderé, a peça estreou em janeiro no Espaço Cultural Sergio Porto.
Como montar Shakespeare mais uma vez? Como montar Romeu e Julieta mais uma vez? O diretor João Fonseca aceitou o desafio de recontar a história de amor mais conhecida de todos os tempos fazendo a montagem R & J de Shakespeare - Juventude Interrompida, um espetáculo marcado pelo despojamento e com pouquíssimos elementos cênicos. A inspiração é uma adaptação do texto de Joe Calarco, feita pelo poeta Geraldinho Carneiro.
Outro destaque é Paletó de Lamê, com direção geral de Sérgio Módena e Gustavo Wabner, e direção musical de Gabriel Mesquita. O espetáculo aborda o universo da música popular brasileira tida como cafona. Os cantores/atores, Erika Riba e Robson Camilo, trazem à cena as canções que falam de desilusões amorosas, desejos e afinidades, traçando o perfil de uma época - década de 70 - quando essas músicas ocupavam maciçamente as rádios brasileiras.
Sérgio ainda comenta a peça Quanto tempo da vida eu levo pra ser feliz, um paralelo da história de duas famílias de classe média alta brasileira que se unem quando seus filhos começam a namorar. O espetáculo mantém um sopro de originalidade dramatúrgica que o autor e diretor Silvio Guindane imprime a partir de suas observações do cotidiano da vida.
Livre
Apresentação Sérgio Britto
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