O 3 a 1 desta quarta (15) entrevista o fundador da Azul Linhas Aéreas, David Neeleman. Quarta maior companhia aérea do Brasil, a Azul começou a operar em dezembro de 2008 e hoje conecta mais de 20 destinos, com uma frota de aeronaves desenhadas e fabricadas no país.
Neeleman vai falar sobre o valor das passagens aéreas no Brasil e de que forma a empresa vem lucrando, apesar de vir apostando em tarifas mais baixas, classificadas por ele, de mais justas. O empresário fala da concorrência, que não dá espaço para novas companhias, e de como a empresa está se preparando para os eventos esportivos com sede no país em 2014 e 2016.
Participam ainda do debate, que também vai tratar da infraestrutura dos aeroportos, as jornalistas Mariana Barbosa, da Folha de São Paulo; e Melina Costa, do jornal O Estado de São Paulo. O 3 a 1 vai ao ar às 22h, com apresentação do jornalista Luis Carlos Azedo.
Leia os principais trechos da entrevista
Início da Azul:
"Sempre que tem duas empresas dominando o mercado muitas coisas não são feitas, muitos mercados não são supridos. Não existiam voos diretos entre algumas cidades e o interessante também é que ninguém tinha avião brasileiro".
Nós tínhamos uma grande oportunidade de entrar nessas cidades,mas não podíamos entrar com nossos jatos de 118 lugares. Até podíamos, mas não com tanta frequência. Então, decidimos comprar aviões de 70 lugares porque a oportunidade existia".
Privatização dos aeroportos:
"Tenho uma preocupação. Aeroporto é uma coisa única. Cada cidade tem um aeroporto. Não podemos ter vários. Com a privatização, quem adquire o aeroporto quer ter lucro e, às vezes, os interesses dele não é o mesmo da população da cidade."
"Acho que seria melhor tirarmos da Infraero as regras e leis do governo e criar uma unidade separada, como a Petrobrás, mas sem lucro, com transparência ".
Concorrência:
"Quanto mais concorrentes, melhor para o viajante. Nossos concorrentes são bons, têm srviços bons, mas podemos fazer mais."
Copa do Mundo:
"Na Copa, vamos reconstruir muitos estádios para jogar, mas precisamos também olhar para os aeroportos."
Crescimento da Azul:
"Estou focado numa coisa: esse mercado tem que ser bem maior. Temos que ter mais trezentas aeronaves nos próximos cinco anos. Tem bastante espaço para todo mundo."
Horário: 22 h
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