O 3 a 1 desta quarta (22) entrevista Zulu Araújo, presidente da Fundação Cultural Palmares, instituição vinculada ao Ministério da Cultura.
Zulu Araújo é baiano, natural de Salvador, cidade que possui a maior população negra fora do continente africano. Arquiteto e produtor cultural, em 81 tornou-se militante do movimento negro do Brasil. Foi diretor do Grupo Cultural Olodum durante 10 anos e viu nascer o Bando de Teatro Olodum, que trabalha com a questão do racismo.
Zulu Araújo é representante da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, que ele considera fundamental no estabelecimento de um dialogo entre os países participantes. Em 2003 foi convidado para ser diretor de Promoção, Intercambio e Divulgação de Cultura Afro-brasileira da Fundação e em 2007 foi indicado pelo ministro Gilberto Gil, para presidir a instituição.
A Fundação Palmares, criada em 1988, no centenário da abolição da escravatura do Brasil, tem como missão central combater o racismo, promover a igualdade racial, preservar a cultura negra e valorizar as manifestações, principalmente na área de teatro e performance. Com 21 anos de dedicação, a Fundação funciona em Brasília e tem representações em sete estados: Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Alagoas e Maranhão.
Zulu acredita que o país vive a colonização no seu lado mais duro, com 400 anos de escravidão, e que isso trouxe consequências graves. Para ele é importante lutar pelos quilombolas e pela juventude negra para que as mazelas da sociedade sejam curadas.
O programa é apresentado por Luiz Carlos Azedo e vai ao ar às 22h.
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