O cineasta desenha a cena e encarna outras três personagens: letrista, cronista e diretor teatral
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Quatro artistas africanos, que marcaram a arte brasileira nos últimos 50 anos, fazem a festa neste Arte do Artista, que se transforma numa verdadeira audi(vídeo)ção. Para começar, o mais conhecido deles, o cineasta Ruy Guerra — autor de filmes memoráveis, como Os cafajestes, Quarup, Erêndira e Os deuses e os mortos — dirige o próprio programa, dando sugestões sobre enquadramentos de câmera e iluminação.
Já o letrista Ruy Guerra, que marcou a MPB com músicas como Esse mundo é meu, Tatuagem e Fado Tropical, fala sobre as parcerias com Chico Buarque, Edu Lobo e Sérgio Ricardo e sobre a convivência com intérpretes como Nara Leão e Milton Nascimento.
"Na realidade a palavra sempre foi a minha grande paixão. E ainda é a minha grande paixão. Se é mais que a imagem, não sei comparar. Mas é a minha grande paixão, a palavra. Quando eu era garoto eu queria ser escritor" revela o Ruy cronista, apaixonado pela arte de escrever.
Ainda nesta edição, Aderbal Freire-Filho bate um papo com Ruy Guerra, cronista nascido em Moçambique que, por indicação de Mário Prata, teve por cinco anos uma coluna em um dos principais jornais do País e recebeu conselhos de ninguém menos do que o escritor e seu grande amigo Gabriel Garcia Marques.
Para finalizar, o diretor de teatro Ruy Guerra, vindo diretamente do continente africano, conta ao apresentador sobre a censura sofrida nos anos 1970, às vésperas da estreia de um tão grande quanto aguardado espetáculo.
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