Quando se fala que o futebol é uma das indústrias mais rentáveis do mundo, deve-se acreditar. A Copa do Mundo da Alemanha vem, mais uma vez, comprovar esta máxima. Segundo dados levantados pela agência de publicidade DPZ e divulgados pelo jornal Valor Econômico, o Mundial já movimentou R$ 3,5 bilhões em ações de marketing promocional e licenciamento de produtos, apenas no mercado brasileiro.
O número é realmente impressionante. Vale ressaltar que, nele, não estão incluídos custos como o de levar torcedores à Alemanha, por exemplo. O valor divulgado supera em 75% o apurado na Copa de 2002, no Japão e na Coréia. Mas isso se explica facilmente: agora, na Alemanha, o horário dos jogos é bem mais acessível que o de quatro anos atrás. Além disso, a própria situação econômica do país contribui para uma confiança maior dos investidores.
Segundo o Valor, cada um dos patrocinadores oficiais da Fifa (como Mastercard, Coca-Cola e Adidas) já realizou 17 ações promocionais envolvendo a Copa, mesmo número de patrocinadores nacionais, como Ambev e Vivo, por exemplo. Já o setor de mídia, que envolve TVs, rádios, jornais e revistas, já promoveu 12 ações, deixando o setor de alimentos, com oito, na segunda posição.
Tudo isso vem comprovar que, aqui no Brasil, ainda engatinhamos na promoção de nossos eventos esportivos. É evidente que uma Copa do Mundo tem uma dimensão muito superior à do nosso Campeonato Brasileiro. Mas, se levarmos em conta a paixão de nossos torcedores, muitos deles mais preocupados com o jogo do seu time do que com o da Seleção, seria possível termos uma fonte de renda considerável através do marketing.
Semana passada o Flamengo acertou um patrocínio com a Schincariol. Fiquei sabendo que se a cervejaria ganhar um ponto percentual no mercado nacional hoje o market share dela é de 13,7% -, passa a faturar mais R$ 120 milhões por ano. Se quisesse colocar sua marca na camisa rubro-negra, a empresa pagaria ao clube "míseros" R$ 15 milhões por ano. É muito pouco.
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