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América sem acento

Semana passada o America, assim mesmo, sem acento, deu início a uma nova trajetória em sua vida. Tomou posse o Dr. Ulisses Salgado, como presidente para os próximos três anos, usando como slogan "America, patrimônio do Rio". Gosto muito do Mequinha, apesar de não ser meu segundo time, como dizem ser da maioria dos cariocas, mas tenho grandes amigos americanos e, como repórter, tive o prazer de acompanhar o clube por alguns anos. O America faz falta ao campeonato.

Não será fácil a tarefa. O America foi literalmente derrubado pelos co-irmãos (??) em 1986, exatamente no ano em que chegou ao terceiro lugar do Campeonato Brasileiro. A Copa União o empurrou para a Segunda Divisão nacional e ele próprio, por vaidade e má condução de seus dirigentes, chegou ao fundo do poço. Na Terceira Divisão do futebol brasileiro, agora está na Segundona do Estado, uma posição que não condiz com a história do clube.

É bem verdade que o America foi perseguido pela administração Eduardo Vianna, na Federação. Havia uma rixa pessoal com o ex-presidente do clube, Giulite Coutinho, e o América "comeu o pão que o diabo amassou". Só com a chegada de Reginaldo Mathias à presidência, a situação melhorou, mas não o suficiente para recuperar o estrago. A missão de Ulisses Salgado começará do zero, mas não há dúvida de que um trabalho bem encaminhado, liderado por pessoas sérias e comprometidas com o clube, poderá dar resultado a médio prazo. O America é uma marca de valor, basta ser bem trabalhada.

Sinceramente não sei se usar o nome do clube sem o acento é uma boa estratégia. Por ser "Football Club", em inglês, a nova administração entende que o America também deve ser em outro idioma, que não o português. Aposto que na TV e em impressos virá com o acento agudo, o que descaracterizará a campanha. E se é um patrimônio do Rio, por que não torná-lo mais carioca? Em inglês, se formos rígidos, nem poderemos chamá-lo de Mecão.

Mas o fato é que o America (ou América) quer recuperar sua história e vai pra briga, mesmo quando se trata do Clássico da Paz. O troféu conquistado em 1938, após vencer duas vezes o Vasco, numa melhor de três, está em São Januário, desde aquela época (é o que dizem os americanos). O America emprestou a taça, para que ficasse exposta na casa dos vascaínos, que nunca mais a devolveram. Agora os rubros o querem de volta para a sua sala de troféus.

Não deixa de ser um passo. Meio acostumado a sofrer com a "esperteza" dos demais, o America quer dar a volta por cima. E recuperar um troféu já será um bom começo. Quem sabe o clube, com ou sem acento, não recupera, também, seu assento na elite do futebol brasileiro?




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Criado em 09/02/2009 - 11:57 e atualizado em 09/02/2009 - 11:57

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