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Árbitros e juizes

Houve tempo em que considerei o choro alvinegro contra as arbitragens exagerado. Mas agora não dá para não concordar: são três jogos seguidos em que o Botafogo é prejudicado. Talvez na partida contra o São Paulo a derrota não fosse evitada, mas nas duas outras, contra equipes do Sul, o time poderia ter somado até mais quatro pontos, o que o deixaria em posição ainda melhor na classificação.

E o que acontece com os árbitros que interferem no resultado dos jogos? (E não custa lembrar que nem isso é recente, nem o Botafogo é o único prejudicado). Sabem o que acontece? Nada, no máximo um afastamento por algumas rodadas. E o prejuízo causado ao time, ao clube, aos jogadores, aos torcedores? Alguém se responsabiliza por ele? É claro que não.

Nesse momento, onde está o STJD? Será que ele não poderia interferir? Creio que não. Lá estão os juízes que preferem ficar de olho no que os técnicos falam durante e ao final dos jogos. Ou melhor: os técnicos dos principais clubes, os que chamam a atenção. Que me desculpem esses magistrados, respeitados em suas profissões, mas volta e meia tomam atitudes que mais parecem destinadas a se fazerem aparecer.

Será que um técnico não tem o direito de falar, de reclamar, como fez Renato Gaúcho? O Joel Santana falou demais, sim, mas ser ameaçado de dois anos de suspensão é exagero! Será que algum desses juízes do STJD um dia se dignou a assistir a uma partida de futebol júnior, juvenil ou até mesmo infantil? Eu garanto que há confrontos em que, o que se houve do lado de fora do campo, vindo dos bancos e até mesmo das arquibancadas, onde estão os familiares dos jogadores, é bem pior do que o que Joel falou no Flamengo x Santos.

O STJD, por exemplo, podia tentar explicar porque a questão do doping do Dodô acabou sem sequer um culpado. O assunto foi enterrado. O que pode significar uma perda ainda maior para o clube e o jogador, pois a questão foi tão mal esclarecida que acabou indo parar num tribunal internacional de controle de dopagem. E pior: o Alex Alves, do Juventude, também foi pego no doping, mas como nenhum dos julgadores é torcedor declarado do clube gaúcho, continua suspenso. Não que os que votaram pela absolvição do Dodô tenham se deixado influenciar pela paixão clubística, mas não seria mais justo que eles se abstivessem de votar naquele momento, para evitar suspeições?

O foco está meio distorcido no nosso futebol. Só se salva o das câmeras. Que flagra os erros dos árbitros e parece mexer com o ego dos juízes.




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Criado em 13/08/2007 - 13:22 e atualizado em 13/08/2007 - 13:22

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