E chegamos ao final de 2006. Tantos fatos, notícias, mas qual delas será a que marcará a temporada? No país do futebol, a conquista que primeiro me vem à mente é a da seleção masculina de vôlei, bicampeã mundial e cheia de outras vitórias ao longo do ano. Mais uma vez, consagra Bernardinho como o melhor técnico de esportes coletivos do Brasil. Que pena não termos um técnico de futebol do mesmo quilate, com o mesmo conhecimento, com igual dedicação e humildade. E vontade de acertar.BR BRMas, como dizia, no país do futebol devemos festejar os três clubes com conquistas mais valiosas: o Internacional, campeão do mundo e das Américas, o São Paulo, campeão brasileiro, e o Flamengo, campeão da Copa do Brasil. Outros conquistaram seus campeonatos regionais, alguns poucos valorizados pelos próprios clubes participantes.BR BRE, sem dúvida, a perda da Copa do Mundo fica como o grande marco da temporada. A seleção mais cara do mundo, avaliada em mais de um bilhão de dólares, caiu feio no caminho. Caiu ao se abaixar para ajustar um meião; caiu quando se apresentou bem acima do peso; caiu quando não teve coragem para mudar, quando apostou nos medalhões (que não eram de filé), quando foi teimosa, quando confiou demais, foi auto-suficiente, verdadeiramente mascarada.BR BRO contra-ponto de tudo isso vem na escolha do melhor jogador do nosso Campeonato Brasileiro: o goleiro Rogério Ceni. E mais ainda, quando vemos que a eleição não se deveu às muitas defesas que ele fez, mas sim à capacidade de fazer gols, de falta ou de pênalti, não importa. Mas ele a tem simplesmente porque treina, algo que nossos "craques" não fazem como deviam, muito menos quando o assunto são os fundamentos do futebol.BR BRCreio que a lição deixada por 2006 é essa. Técnica ainda é fundamental ao futebol, mas sem dedicação, vontade, profissionalismo, ela de pouco vai adiantar. Os resultados, não só no futebol como também nos esportes olímpicos, só vêm reforçar essa tese, que por sinal já é velha, mas que insiste em não ser aplicada no nosso futebol. Parece que técnicos e jogadores não querem ver o óbvio, mais claro a cada ano ou a cada conquista surpreendente de uma equipe desconhecida.BR BRSerá que a lição será assimilada desta vez? Tomara que sim, mas acho que não. E assim seguirá o nosso futebol, infelizmente. Até 2007.
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