SENSACIONAL! Esta é a melhor definição do desempenho da delegação brasileira nos Jogos Parapan-Americanos do Rio. Não somente pelas 83 medalhas de ouro, 68 de prata e 77 de bronze, que levaram o Brasil ao inédito primeiro lugar num Parapan, desbancando potências mundiais como Estados Unidos e Canadá, mas principalmente pela renovação e descoberta de novos atletas com potencial. Até então, a melhor posição brasileira em um Parapan tinha sido um terceiro lugar em Mar Del Plata-2003, na Argentina. Portanto a evolução é nítida. Quando estive cobrindo, pela TVE, os Jogos Paraolímpicos de Atlanta, em 1996, a velocista Ádria Santos, o judoca Antônio Tenório e a arremessadora de peso e disco Suely Guimarães eram os destaques da delegação, Tenório e Suely trouxeram o ouro e Ádria Santos, prata e bronze.
Hoje, além desses grandes atletas citados, surgiram diversos valores. Além da confirmação do nadador Clodoaldo Silva, como um fenômeno, apareceram outros super-atletas: os nadadores André Brasil, que ganhou seis ouros, com três recordes mundiais; Daniel Dias, com oito medalhas de ouro e dois recordes mundiais; e o corredor Lucas Prado, com três ouros e um recorde mundial. Não podemos esquecer também os desempenhos das seleções de vôlei sentado, futebol de cinco e de sete, que conquistaram o ouro; e a atuação do tênis de mesa, que conquistou muitas medalhas. Como o espaço aqui é pequeno e o número de medalhas do Brasil é muito grande, é lógico que não dá pra citar todos os medalhistas, que têm tanto valor quanto os destaques que mencionei. Portanto as perspectivas são boas para os Jogos Paraolímpicos de Pequim, na China, no ano que vem.
Só gostaria de chamar a atenção da iniciativa privada para que apóie o esporte Paraolímpico. Além de estarem fazendo um papel importante na integração do deficiente físico com a sociedade que, por sinal ainda é preconceituosa com a questão - os empresários estarão colocando a sua marca em algo que dá retorno. Ou será que patrocinar uma delegação esportiva campeã e que conquistou 228 medalhas numa competição internacional não dá um retorno de mídia fantástico? É óbvio! Qualquer publicitário pode confirmar isso. Apenas uma empresa pública apoiou financeiramente a delegação brasileira. Isso tem que mudar!
Parabéns á todos os nossos super-atletas e ao Comitê Paraolímpico Brasileiro. Estamos no caminho certo.
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