E não é que o Flamengo está chegando? O ideal seria não alertar os adversários, mas não dá para evitar. No momento em que a discussão entre "pontos corridos" e "mata-mata" cresce, o surgimento do rubro-negro carioca na luta por uma vaga no G-4 é o que motiva o campeonato, aparentemente já decidido a favor do Palmeiras.
E é exatamente o Palmeiras o adversário do Flamengo no próximo domingo. Caberá ao atual tricampeão do Rio devolver a graça ao Brasileirão e, ao mesmo tempo em que entrará definitivamente na luta por uma vaga entre os quatro primeiros colocados, recolocar outros times na briga pelo título. Inclusive ele próprio.
É isso mesmo. Se vencer a "final" domingo, em São Paulo, o Flamengo poderá sonhar com o título. O matemático Tristão Garcia já dá ao rubro-negro 1% de chances, o que é muito para quem, até quatro ou cinco rodadas atrás, capengava ali na faixa de classificação para a Sul-Americana. Agora, há oito jogos invicto e embalado por vitórias como a de sábado, sobre o São Paulo, o Flamengo cresce pelos pés de Petkovic, Zé Roberto e Adriano. Um trio de respeito, que não se encontra em outros clubes que disputam o Brasileirão.
As chances de classificação para a Libertadores já chegam a 20% e, se as do título serão enterradas em caso de uma derrota para o Palmeiras resultado normal -, não deverão diminuírem muito, já que o time se aproximou bem dos primeiros colocados. As duas últimas rodadas foram bem favoráveis ao Flamengo, com tropeços do Goiás, do Atlético Mineiro e do Internacional, além da vitória sobre o tricolor paulista. A premiação combinada, que acontece quando o time soma quatro pontos em dois jogos seguidos, sem dúvida tem sido motivante e será paga, domingo, com um simples empate.
Vale ressaltar que, ao contrário de outros anos, quando o time precisou da sacudida de um treinador salvador, dessa vez o crescimento se deu de maneira natural, com o bom papo de Andrade e a tranquilidade passada para que o trio Pet-Adriano-Zé Roberto pudesse jogar. Todo o time subiu de produção e as boas atuações tornaram-se frequentes, algo que não se via no Flamengo há um bom tempo. A vitória de sábado não se deu por acaso; a vantagem do time carioca foi evidente e não seria justo sair sequer com o empate. E não custa lembrar que, neste jogo, o time não teve Adriano, Aírton e Leonardo Moura, três titulares, além de Fierro, reserva que é sempre a primeira alternativa. E de Kléberson, fora do campeonato. É ou não é uma grande mudança de rendimento?
Domingo, portanto, será um grande dia para o Campeonato Brasileiro. Tomara que não seja um dos últimos da competição.
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