E finalmente acabou a novela do milésimo gol de Romário. Uma novela, que já estava se arrastando há alguns meses e que todos já sabiam o final. Um final feliz que terminou em festa para o Baixinho e sua família e que simboliza a carreira de um dos maiores craques do futebol em todos os tempos. Romário e Reinaldo, que atuou pelo Atlético-MG e pela Seleção Brasileira na década de 80, são os maiores atacantes que vi, pela inteligência, velocidade, técnica e claro, faro de gol.
Mas voltando ao gol 1000, tão badalado pelo presidente interino do Vasco da Gama, Eurico Miranda, quero deixar clara a minha opinião: Romário é muito maior do que essa estatística. Até porque existe a polêmica palavrinha que sempre andou ao redor do baixinho, se a pesquisa dos mil gols foi séria ou não. Romário afirmou que, na contagem, além dos gols no profissional, foram somados gols, que ele marcou como amador e em jogos festivos, como despedidas de jogadores e amistosos, sem súmulas ou arbitragem. Mas isso, eu relevo, em nome do super craque que o Baixinho foi. Eu vou lembrar e falar com os meus netos de Romário, muito mais pelo contexto geral da sua obra, do que do milésimo gol, propriamente dito. Romário é a essência do futebol-arte, que anda em baixa aqui pelo Brasil. Quero lembrar dele classificando o Brasil para a Copa de 94, quando todo o país pediu a sua convocação. Ele marcou dois gols sobre o Uruguai, em pleno Maracanã, completamente lotado. Quero lembrar do Romário jogando o fino na própria Copa dos Estados Unidos, onde, ao lado de Bebeto, integrou uma das maiores duplas de atacantes da história do futebol, que nos deu o título de tetracampeão mundial. Quero lembrar de Romário fazendo todos os tipos de gols pela seleção, pelo PSV, Barcelona, Vasco, Flamengo e Fluminense. Quero lembrar do Romário família, Pai carinhoso e amoroso. Quero lembrar do Romário inteligente, sincero e polêmico em várias ocasiões.
Essa é a história de Romário, muito mais grandiosa do que a tal estatística do milésimo gol. Um Romário que já está deixando saudades. Porque ele é o cara. Valeu peixe! Obrigado.
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