No segundo, havia um duelo de torcidas: uma bem maior que a outra, e que normalmente leva a pior. É muito raro a maior torcida sair feliz desse confronto, como também o favorito tem tendência para perder. Portanto, a vitória rubro-negra no turno e a tricolor no returno foram mais do que normais.
Deu empate no confronto e ano que vem os times voltam a se enfrentar. E, pelo visto, será apenas no Campeonato Estadual. O Fluminense está impedido de disputar a Copa do Brasil e a Sul-Americana (com a qual o Flamengo ainda pode sonhar). E o Flamengo, acredito, não terá cacife para se classificar para a Libertadores, onde o tricolor já está. É uma pena e uma loucura esse critério.
O Fluminense devia, ao menos, ter o direito de dizer se quer ou não participar das outras competições. Nem tentar o bi da Copa do Brasil ele pode.
O tropeço não deve abater o Flamengo. Muito menos a torcida que, reconheço, já é a campeã desse Brasileirão. Deixou muito para trás todas as outras, em número, em vibração e em criatividade. A música que lançou nas arquibancadas não foi buscar emprestada em nenhum outro clube. Aproveitou o Hino da Vitória e o transformou em um hino de amor.
Mas no domingo ficou provado que torcida ajuda, mas não ganha jogo. Se fosse assim o Bahia não estaria sofrendo na Série C. Acho, sim, que a torcida pode prejudicar. Sei que serei criticado, mas falo da torcida do Botafogo. O time tropeçou na Taça Guanabara, no Estadual e na Copa do Brasil e a torcida continuou louvando o time, alegando que o futebol apresentado era bonito. Muito bem. Mas nenhuma crítica? Só o goleiro era culpado? Os demais jogadores, imunes, seguiram se achando o máximo e a bomba acabou estourando agora, na Sul-Americana.
E alguém, um dia, vai contar o que houve nessa história envolvendo o Mário Sérgio? Ficou parecendo "boi de piranha". Veio para perder três seguidas e esse retrospecto não constar do currículo do Cuca. Eu não entendi mesmo. Será que nessas "férias" o Cuca já recuperou o bom ambiente e o prestígio junto aos jogadores e aos demais membros da comissão técnica?
O tempo dirá. Como também confirmará, ou não, o título do São Paulo, que eu chamo de Lewis Hamilton do futebol brasileiro. A vantagem de 12 pontos caiu dos dois lados. Mas se na F-1 tem gente querendo ser campeão, no Brasileirão parece que o pessoal está mais preocupado em ter vaga na Libertadores. E dessa forma o tricolor paulista pode continuar tropeçando que vai chegar lá.
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