A LGBTfobia ainda é uma triste realidade no país, inclusive nas escolas, sendo uma das causas preponderantes do abandono escolar. Segundo a Pesquisa Nacional Sobre o Ambiente Educacional no Brasil 2016, 27% dos entrevistados afirmaram ter sofrido agressão na escola e 73% foram alvos de xingamento em razão de sua orientação sexual.
Em relação à identidade ou expressão de gênero, 25% foram agredidos fisicamente dentro da escola e 68%, verbalmente. A pesquisa, da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), indica que menos da metade (42,4%) desses estudantes informou à instituição alguma vez.
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Esse baixo índice de informe, segundo a pesquisa, denota falta de apoio da direção e corpo docente em relação aos acontecimentos e, também, um despreparo dos professores para tratar do tema. "A gente percebe que a comunidade LBGT é expulsa dentro do ambiente escolar", avalia Bernardo Fonseca, autor do livro "Diferentes, não desiguais".
O escritor critica o "silenciamento" da discussão sobre identidade gênero e orientação sexual nas escolas depois que o Ministério da Educação retirou as menções a essas expressões da nova versão da Base Nacional Comum Curricular, que serve de referência para o ensino nas escolas públicas e privadas.
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Para Toni Reis, secretário de educação da ABGLT, é muito importante que as vítimas desse preconceito e bullying façam denúncia. "Ninguém merece ser motivo de chacota, piada ou apanhar, principalmente na escola, onde você aprende a ser cidadão ou cidadã". O ativista orienta que os/as estudantes denunciem o caso para as ouvidorias do Ministério da Educação, da Secretaria de Estado da Educação e também para o Disque 100.
O Estação Plural discute mais sobre esse tema nesta sexta-feira (7/7), às 23h, na TV Brasil.
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