O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, disse que o ataque de hackers para vazar supostas mensagens de integrantes da Força Tarefa da operação Lava Jato foi um ato criminoso e manifestou apoio ao ministro da Justiça e Segurança, Sergio Moro. O general concedeu entrevista exclusiva à jornalista Roseann Kennedy, na TV Brasil, e cobrou investigação rápida sobre o caso para evitar que se crie um comércio criminoso de hackeamento no Brasil.
“Eu não tenho dúvida que isso aí é um crime e esse crime não pode compensar. Porque, senão, vai ficar uma indústria do hacker em celulares, computadores. Vai ficar um comércio disso aí. Isso aí é um crime e deve ser tratado como tal. E rápido”, exigiu o ministro.
Sobre o teor das supostas conversas de Sergio Moro, que foi juiz titular da Lava Jato na 13ª Vara Federal em Curitiba, com o coordenador da Força Tarefa da operação, procurador Deltan Dallagnol, o general disse não ver nada de mais e ressaltou a confiança do Governo em seu ministro.
“O ministro Moro goza de toda a confiança não só dos ministros e do presidente. É um profissional respeitado, inclusive pela população brasileira. A troca de mensagens -- que poderia ir no gabinete, hoje em dia se faz por mensagem -- foi de instituições do Judiciário, fazendo parte de uma força tarefa. Eu não vejo nada de mais, a não ser um crime violento, em relação à privacidade da pessoa, da autoridade”, reforçou.
Fernando Azevedo e Silva observou o tanto que os celulares hoje têm informações de cada pessoa. “O nosso aparelho celular é um componente do seu corpo, hoje em dia. Você tem ali suas expectativas, suas emoções, os sentimentos, as suas mensagens. Você não pode ser invadido. Se o meu celular fosse violentado dessa forma, é uma violência, um crime”, concluiu.
Azevedo e Silva ainda falou de temas como armamento, segurança pública, orçamento federal e Reforma da Previdência. Detalhou avanços e programas desenvolvidos no Ministério da Defesa, que completou 20 anos esta semana.
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