Digite sua busca e aperte enter

Compartilhar:

A mídia nas manifestações

É possível ter manifestações legítimas sem o uso da violência?

Observatório da Imprensa

No AR em 11/03/2014 - 23:00

Pauta

Editorial

Dos Telespectadores

Assista na Íntegra

 

Pauta:

O Observatório da Imprensa abre a temporada 2014 com a análise da mídia nos violentos protestos contra o aumento das passagens no Rio de Janeiro, que culminaram com a morte do cinegrafista Santiago Andrade. O fato recebeu destaque sem precedentes por parte da mídia nacional, já que foi a primeira morte causada por manifestantes. Jornais e sites estrangeiros também abriram espaço para o assunto.

Para debater este tema, Alberto Dines recebe a filósofa Viviane Mosé, o jornalista e escritor Muniz Sodré; e Bruno Torturra, um dos fundadores da Mídia Ninja.

 

Editorial:

Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.

Abrimos a temporada de 2014 num ambiente mundial supercarregado. Nossa Ucrânia e nossa Venezuela são menos violentas, mas a batalha das ruas em nossas cidades já tirou a vida de um jornalista - Santiago Andrade - da Band. Primeira morte causada por manifestantes.

Mau sinal. Estamos ingressando rapidamente na esfera dos fatos inéditos, das coisas jamais acontecidas. Este tipo de novidade não nos convém, conviria reverter esta tendência. As manchetes de toda a imprensa são testemunhas da situação: quanto mais nos aproximamos da copa do mundo, mais aumentam as tensões. O mutirão e a empolgação que se esperavam deram lugar a um preocupante cronograma de conflitos. O que está errado não pode ser ignorado, malfeitorias precisam ser identificadas e punidas. Mas a truculência precisa ser abortada.

A primeira providência para combater este mal consiste em evitar que o debate sobre a violência seja contaminado pela própria violência. É preciso evitar sobretudo as armadilhas da partidarização. A severidade de São Pedro neste verão não pode ser explorada eleitoralmente.

Um debate não é obrigatoriamente pacificador, mas cria condições para a negociação. E, se a imprensa não consegue assumir o seu papel de tribuna e prefere o papel de tribunal, o debate desanda.

No início de fevereiro, no período em que este Observatório estava em recesso, O Globo e o deputado Marcelo Freixo do PSOL-Rio envolveram-se numa controvérsia, felizmente em letra de forma e encerrada, por ora, pelas partes.

O clima de dedo no gatilho produziu o golpe de 1964 e, ao lembrá-lo dentro de poucas semanas quando completará meio século, precisamos mostrar que amadurecemos, evoluímos e merecemos a democracia duramente reconquistada.

 

Dos Telespectadores:

E-mails:

Maria de Lurdes
É impressionante o esforço que vemos por parte da imprensa e dos manifestantes em atribuir a violência à polícia. Assisti a uma manifestação, em junho, da janela do oitavo andar de um hotel no centro de Porto Alegre. Fizemos fotos e vídeos. A polícia foi provocada, achincalhada, jogavam pedras, e só iniciava a defesa quando os manifestantes chegavam muito próximos e começavam a jogar bombas caseiras. Em nenhum momento foi a polícia quem iniciou. Cadê o profissionalismo e a ética do jornalismo? Cadê o jornalismo investigativo?

Adriano Ferreira Coutinho
Olá, Alberto Dines. Sou prestigiador do Observatório da Imprensa, sem perder nenhum programa. A nova temporada, como sempre, começou em grande estilo, com um bom debate: particularmente, gosto do Muniz Sodré e da Viviane Mosé. Vida longa ao Observatório da Imprensa!

Telefonemas:

Sérgio Rodrigues de Oliveira, Palmas / TO
Os manifestantes têm razão e a polícia está errada.

Nelson Xavier dos Santos Filho, Recife / PE – Militar reformado
O problema é a falta de educação. Se a educação começasse dentro de casa, não aconteceria isso. O que falta é linha dura. A rapaziada está querendo moleza.

Lívia Vieira, Rio de Janeiro – Enfermeira
Por que, ao invés de fazer manifestações, eles não se juntam para mudar o voto obrigatório?

Daniel Ulisses de Melo Ribeiro, Anápolis / GO - Estoquista
Se as manifestações de hoje fossem feitas nos mesmos critérios que embalaram as da época do impeachment de Fernando Collor, vocês acham que teriam sido melhor sucedidas?

Eneas Santos, São Luís / MA – Professor de Filosofia
Na verdade, esses protestos são para evidenciar a crise do Estado no século 21.

Márcio dos Santos Meira, Amaraji / PE - Repórter
Muniz Sodré, como você analisa as pessoas que se escondem da mídia ou usam a mídia para se projetar?

Juber Pacífico, Juiz de Fora / MG – Estudante de Ciências Sociais
Será que a violência e os excessos por parte dos manifestantes não são causados pelo mau funcionamento dos sistemas públicos como transporte, saúde e educação? O efeito das manifestações pode ter sido maior devido à internet, que facilitou o encontro de um número muito grande de pessoas, possibilitando atos de violência? A internet pode ter colaborado nisso?

Sheila Lopes de Oliveira, Rio de Janeiro – Orientadora Vocacional
Precisamos manter o controle interno para usar a liberdade de expressão sem atrapalhar o outro. A internet tem que ser usada com sabedoria para não influenciar ninguém erradamente.

 

Assista na Íntegra:




Apresentação: Alberto Dines

Como assistir
Participe
Arquivo dos programas anteriores à 29 de maio de 2012

OI nas redes sociais:

    

Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.

Criado em 10/03/2014 - 16:38 e atualizado em 03/04/2014 - 15:48

Últimas

O que vem por aí