Pauta:
A morte do candidato do PSB à presidência Eduardo Campos deixou o país perplexo. Em meio à avalanche de informações que circulavam, mesmo antes da confirmação da notícia, jornalistas não tiveram tempo de absorver a tragédia. Muitos se comoveram no ar e mal conseguiram terminar a apresentação jornalística.
Os momentos iniciais da cobertura foram nervosos, com plantões ao vivo nas maiores emissoras de rádio e televisão. O resultado foi uma série de informações desencontradas e a audiência em alta.
Para debater o assunto, Alberto Dines recebe os jornalistas Ana Arruda Callado e Leonardo Sakamoto.
Editorial:
Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.
O ritmo eleitoral impôs-se ao luto. A tragédia ainda não assimilada ficou para ser sofrida mais tarde.
Quando?
Talvez nunca. O povo brasileiro é um povo triste que abomina a tristeza. Porque transbordava de vitalidade, Eduardo Campos parece não ter morrido.
Bola pra frente é o moto nacional, bandeira, veneração, regra básica do nosso manual de sobrevivência. Então vamos em frente porque a velocidade que impusemos às nossas vidas não nos oferece outra alternativa. Reclamamos da internet mas foi o ser humano quem a inventou e a desenvolve. Denunciamos a superficialidade da mídia digital, porém nós a montamos exatamente assim. Reclamamos de uma imprensa leviana, apressada, mas pouco ou nada fazemos para torná-la mais densa, menos fugaz e fragmentária.
Dos ancestrais portugueses herdamos o culto pelos sumidos e encobertos. O sebastianismo começou com a morte do jovem rei desaparecido aos 24 anos. Ignez tornou-se rainha depois de morta, Tiradentes virou pai da nossa independência 30 anos depois de enforcado.
O luto foi brevíssimo, a luta será demorada.
Assista na Íntegra:
Apresentação: Alberto Dines
Como assistir
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