O Programa Especial começa o ano na água, que ocupa mais de 70% da Terra e forma algumas das mais belas paisagens do planeta. Por isso, nada mais justo que a água seja também um espaço inclusivo e democrático. Este episódio mostra um mergulho adaptado no Canyon do Xingó, com Zé Luiz Pacheco, no Sergipe, e um veleiro acessível a pessoas com deficiência.
A equipe acompanha Beth Canejo, mergulhadora com deficiência visual, em um mergulho adaptado pelas Ilhas Cagarras, no Rio de Janeiro. A instrutora Lúcia Sodré, que trabalha há mais de vinte anos na formação de mergulhadores com deficiência, guia Beth no passeio e conversa sobre a inclusão no esporte:
“Existem adaptações para atender a necessidade de cada aluno. Por exemplo, para uma pessoa com deficiência visual, como a mergulhadora Beth, a comunicação é toda tátil. Usamos os sinais do mergulho adaptado, criados para essa finalidade, para ampliar o vocabulário em comunicação aquática. Usamos também a Língua Brasileira de Sinais e o alfabeto manual, além de alguns dos sinais convencionais internacionais do mergulho recreativo”, explica.
No Sergipe, o repórter Zé Luiz Pacheco conhece o Canyon do Xingó, com aproximadamente 65 quilômetros de extensão e 170 metros de profundidade. O local reúne diferentes espécies da vegetação da caatinga. O guia turístico Aragão conta como se deu a formação do Canyon:
“O Canyon do Rio São Francisco faz parte de um abalo tectônico que ocorreu nessa região há sessenta e cinco milhões de anos, quando ainda era mar. Com esse abalo, o mar regrediu ao ponto que se encontra hoje, e levou consigo uma enorme quantidade de material arenoso mais vulnerável. Isso deixou fendas que continuam sendo lapidadas com o tempo, pela ação eólica, térmica e das águas pluviais. A erosão transforma os paredões e resulta em formações rochosas belíssimas, com a coloração totalmente natural, um cenário de raríssima beleza”, descreve Aragão.
Ainda nesta edição, um veleiro acessível a pessoas com deficiência, que saiu do Reino Unido, está ancorado no Rio de Janeiro. O nome da embarcação, Lord Nelson, homenageia um velejador com deficiência visual. A embarcação vai ser apresentada pela medalhista de bronze na modalidade vela e vice-patrona da ONG Jubilee Sailing Trust, a britânica Alexandra Rickham, que organiza o projeto.
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