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Morte de Dorothy Stang completa 18 anos; conflitos por terras seguem

Repórter Brasil Tarde

No AR em 13/02/2023 - 12:15

Nesse domingo, dia 12 de fevereiro, o assassinato da missionária Dorothy Stang completou 18 anos. A missionária, americana com cidadania brasileira, tinha 73 anos quando foi morta com seis tiros a queima roupa, em uma emboscada em uma estrada rural de Anapu, a cerca de 700 km de Belém no Pará.

Irmão Dorothy, como era conhecida, atuava na luta por regularização de terras para famílias de trabalhadores rurais e também no combate à violência das invasões de grileiros madeireiros e fazendeiros. Integrante da Pastoral da Terra, em Anapu liderou o primeiro projeto de desenvolvimento sustentável da região, chamado PDS Esperança.

O crime ganhou repercussão internacional. A morte foi encomendada pelos fazendeiros Vitalmiro Bastos Moura, o Bida, e Regivaldo Pereira Galvão, ambos condenados a 30 anos de prisão. Eles, um intermediário e os pistoleiros que atiraram na missionária chegaram a cumprir pena, mas tiveram direito à progressão, e ganharam liberdade do regime fechado.

O assassinato de Dorothy Stang se soma a centenas de pessoas assassinadas por conflito de terra. Dados da Comissão Pastoral da terra revelam que, somente no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, cerca de 111 pessoas foram assassinadas por causas ligadas ao conflito de terra. Um dos últimos casos que causou repercussão foi o assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Philips, mortos a tiros ao voltarem de uma expedição pelo Vale do Javari, no Amazonas. A região onde o crime ocorreu tem a maior concentração de povos indígenas isolados do mundo.

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Criado em 13/02/2023 - 16:05

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