Antes das sete da manhã deste domingo (24), horário escolhido para surpreender os suspeitos, a Polícia Federal prendeu Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, e Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio pelo União Brasil, apontados como mandantes e idealizadores do assassinato de Marielle Franco. Que também terminou com a morte do motorista dela, Anderson Gomes. O delegado Rivaldo Barbosa, suspeito de planejar, articular o plano e atrapalhar as investigações também foi preso.
Segundo do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, a prisão dos mandantes do crime contra Marielle, depois de mais de seis anos representa uma vitória do governo brasileiro contra o crime organizado e as milícias. Lewandowski afirmou ainda que integrantes da Polícia Civil obstruíram o processo, por isso se demorou tanto para chegar aos mandantes.
Pelo relatório final da investigação da Polícia Federal, o assassinato de Marielle está relacionado à posição contrária da parlamentar aos interesses do grupo político liderado pelos irmãos Brazão, que têm ligação com questões fundiárias em áreas controladas por milícias no Rio.
Defesa
A defesa de Domingos Brazão disse que reforça a inexistência de qualquer motivação que possa vincular ao caso e nega qualquer envolvimento com os personagens. Ainda segundo a defesa, delações não devem ser tratadas como “verdade absoluta” e é necessário aguardar que os fatos sejam concretamente esclarecidos. A TV Brasil entrou em contato com a defesa de Chiquinho Brazão, mas ainda não tivemos retorno.
Por último, a defesa de Braga Netto disse que durante o período da intervenção federal no Rio, em 2018, a seleção e indicação de nomeações foram feitas, exclusivamente, pelo Secretário de Segurança Pública do Rio. Também afirmou que, por questões burocráticas, os atos administrativos eram assinados por ele, o interventor na segurança do Rio.
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