A Justiça do Rio condenou a advogada Camila Nogueira e o ex-policial militar Rodrigo Ferreira, conhecido como Ferreirinha, por obstrução das investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A pena dos dois foi de quatro anos e seis meses de prisão, em regime fechado. A obstrução provocada por ambos teria atraso o inquérito da morte de Marielle, um caso de repercussão nacional, por cerca de oito meses.
Um relatório da Polícia Federal apontou que Ferreirinha mentiu ao acusar, em depoimento, o miliciano Orlando Curicica, de ter planejado o crime junto com o vereador Marcello Siciliano. Segundo a PF, Ferreirinha era segurança do miliciano Curicica e estava com medo de ser assassinado depois de romper com a milícia chefiada pelo ex-chefe. Ferreirinha ainda planejava que Curicica fosse transferido para um presídio de segurança máxima fora do estado do Rio.
Em relação, a advogada Camila Nogueira, segundo a PF, ela fez os primeiros contatos com a polícia para levar Ferreirinha para depor, já sabendo que ele daria uma versão falsa. Em depoimento à PF, Ferreirinha admitiu que mentiu ao acusar Curicica e Camila confessou que arquitetou o plano junto com ele. Já na Justiça, os dois negaram as versões dadas à PF, mas o juiz entendeu que as provas dos autos eram suficientes para condená-los.
A TV Brasil tentou contato com as defesas do ex-PM Rodrigo Ferreira e da advogada Camila Nogueira, mas até o momento não houve retorno.
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