Pedro Ernesto é poeta pouco conhecido, mas que já foi elogiado até por Carlos Drummond de Andrade. "Sempre fui funcionário público, sempre aproveitando aquela rotina de repartição pública para escrever poesia", conta o poeta. Sem grande erudição literária, desde jovem produz uma poesia direta, baseada no mais banal e cotidiano, cheia de sabedoria popular e até termos chulos.
"Minha poesia, em determinado momento, desce ao mais comum, ao mais vulgar", comenta, antes de relembrar o dia em que rasgou um bilhete elogioso de Drummond. "Ele mandou através de um amigo, desembargador, um bilhete elogiando meu livro 'Poemas sem futuro', dizendo algo como 'gostei de sua poesia boa, é comunicativa`. Na época, eu fiquei com raiva e rasguei o bilhete, dizendo `comunicativa é o cacete!`", diverte-se.
Para fazer um digno contraponto, o programa termina com uma visita à casa de Judith Grossman, erudita poetisa, estudiosa da literatura alemã, professora e pesquisadora universitária, além de autora de livros como Viagem de Rocinante. Mas toda essa erudição não impede que pipoque em sua poesia o amor e o sexo. "Não me envergonho de meu romantismo, porque ele é muito concreto", diz Judith.
Direção geral e apresentação: Aderbal Freire-Filho
Direção artística: Fernando Philbert
Produção artística: Sérgio Cardia
Produção: Henrique Lima, Jefferson Mendes, Carol Spork, Luan Tannure
Criação e texto: Aderbal Freire-Filho
Roteiro: Simplício Neto
Edição: Daniele Vallejo
Coordenação Web: Daniel Roviriego
Produção e Criação Web: Carolina Spork e Júlia da Matta
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