O Arte do Artista desta semana vai atrás dos cultuadores da artes sagradas da poesia underground e da experimentação de linguagem, visitando um verdadeiro centro de experimentação poética: o CEP 20.000, espaço de honra para a poesia oral, marginal e sideral, que, há mais de 20 anos, vem sacudindo e renovando a cena cultural carioca. Por lá já passaram diferentes gerações de poetas e escritores, como Michel Melamed, Pedro Rocha, Carlito Azevedo, Gregório Duvivier e o lendário grupo musical de pop-rock Boato, que contava, na sua formação inicial, com Pedro Luís, atualmente do grupo Pedro Luís e A Parede.
Ainda nesta edição, o programa recebe o guru e figura-chave de toda essa história: o poeta Chacal. Oriundo da poesia marginal dos anos 1970 e dos tempos heróicos da chamada geração mimeógrafo, além de ter sido um dos integrantes do grupo Nuvem Cigana, com o projeto do CEP 20.000 ele garantiu, no Rio, um lugar de destaque para a poesia declamada ao vivo.
“O CEP é um lugar de formação, porque sempre foi isso desde o início, essa mistura de gerações, de linguagens. Porque não é só poesia: tem música, tem performance, tem vídeo. Isso gerou no CEP esse choque no bom sentido, de gerações e linguagens artísticas. Uma coisa característica da poesia dos anos 60 e 70, que o CEP herdou, é a ligação com a experimentação e a despreocupação com o mercado, já que parece que o mercado tira a curiosidade das pessoas", comenta o poeta.
Coordenação Web: Daniel Roviriego
Produção e Criação Web: Carolina Spork e Júlia da Matta
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