Se na primeira parte, o foco foi essa figura ímpar, que assinou telenovelas como Estúpido Cupido, nos anos 70, e a peça Besame Mucho, nos anos 80, o assunto agora é o atual sucesso de seu filho, Antonio Prata, cronista da grande imprensa em São Paulo.
Antonio segue uma linhagem de ancestrais artistas de Mário, como o escritor Campos de Carvalho. “Minha mãe não deixava eu ler os livros dele, dizia que eram muitos fortes e eu lia escondido”.
Sobre Grande Otelo, Mario lembra que eles se chamavam de primos. “Um ancestral dele foi escravo de um ancestral meu numa fazenda do triângulo mineiro. Aí, quando teve a Abolição, ele herdou o nome Prata também, e Grande Otelo na verdade se chamava Sebastião Prata. Quando nos conhecemos, ele perguntou se minha família de fato gostava disso e eu contei que tínhamos muito orgulho dele e que meu pai me levava pra ver os filmes dele de maior sucesso quando criança, e dizia ‘vamos ver o filme do primo’”.
Aderbal, por fim, emociona Mario, lendo um grande trecho de seu filho Antonio Prata, hoje consagrado como cronista. Este também fala de seu pai, em um rápido depoimento feito em São Paulo: “A grande bobagem é você achar que bobagem é bobagem. Meu pai é um cara incrível pelas bobagens que ele falou, um cara que vive de levar bobagens a sério, como eu faço hoje, pois é disso que se trata a crônica, de pegar uma coisa pequena e fazer dela algo grande.”
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Mario Prata: a criatividade se desenvolve a partir da educação que se recebe em casa
Direção geral e apresentação: Aderbal Freire-Filho
Direção artística: Fernando Philbert
Produção artística: Sérgio Cardia
Produção: Bruno Souza, Charles Oliveira, Henrique Lima e Jefferson Mendes
Criação e texto: Aderbal Freire-Filho
Roteiro: Simplício Neto
Edição e finalização: Daniele Vallejo
Coordenação Web: Daniel Roviriego
Produção e Criação Web: Carolina Spork e Júlia da Matta
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