Nessa edição do Rio Comicon, tivemos um grande destaque para as mulheres. Clamp, Junko Mizuno e a personagem Valentina são alguns exemplos.
Valentina foi uma personagem criada pelo italiano Guido Crepax e que está presente até hoje no imaginário erótico italiano. Além de ser a mascote do evento, estampando todo o material promocional, foi feita uma exposição para a personagem chamada "As Filhas do Italiano Guido Crepax", com páginas dos quadrinhos originais e acessórios baseados nela. A filha de Guido Crepax, Caterina Crepax, que é designer e estilista esteve presente no evento para representar seu pai e apresentar móveis e roupas inspirados na personagem.
Outra homenagem ao trabalho feminino foi a exposição, "CLAMP As Rainhas do Mangá", que apresentava a história do Estúdio de Mangás CLAMP. Ele é composto apenas por mulheres e obteve sucesso em todo o mundo. As obras do estúdio mais conhecidas no Brasil são: Sakura Card Captors, Guerreiras Mágicas de Rayearth, xxx Holic e Tsubasa Revoir Chronicle.
Além das exposições, a presença das artístas Ulli Lust, Junko Mizuno e Erica Awano enriqueceram o evento.
A austríaca Ulli Lust possui um traço único e um estilo de retratar com profundidade o cotidiano do ser humano. Lust é dona da EletroComics, editora de quadrinhos online, e debateu o futuro das HQs, com o crescimento de novas mídias digitais.
Junko Mizuno é uma ilustradora japonesa underground e expoente oriental da Popart. Seu estilo bebe na fonte do mangá e mistura erotismo, agressividade e surrealismo com um visual quase infantil. Dentre seus trabalhos mais famosos, podemos destacar a HQ Cinderalla, lançada aqui no Brasil.
A representante brasileira desse grupo foi a vanguardista em mangás no brasil, Erica Awano. Quando nem era muito conhecido no Brasil, Awano lançou junto do desenhista e roteirista Marcelo Cassaro o mangá Holly Avenger. Desde então, se destacou no mercado norte-americano alcançando maior sucesso no recente The Complete Alice In The Wonderland, em parceria com a roteirista Leah Moore (filha do aclamado autor, Alan Moore).
O Rio Comicon 2011 deu a devida importância para as mulheres que aos poucos vêm conquistando seu espaço no machista mercado dos quadrinhos.
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