A TV Brasil presta homenagem a João Ubaldo Ribeiro que faleceu nesta sexta-feira, 18 de julho de 2014, ao reapresentar, às 22h, o programa Impressões do Brasil que entrevistou o escritor. A atração traça um panorama sobre a vida e a obra do autor baiano.
Formado em Direito, o jornalista, roteirista e professor João Ubaldo Ribeiro foi membro da Academia Brasileira de Letras e ganhou, entre outras homenagens mundo afora, o Prêmio Camões de 2008, maior premiação para autores de Língua Portuguesa.
Baiano da Ilha de Itaparica, João Ubaldo mudou-se com a família, ainda bebê, para Aracaju, em Sergipe. O pai, professor, nunca admitiu um filho analfabeto. Por isso, desde a mais tenra idade, João dedicou-se aos estudos com afinco. Alfabetizado, permanecia horas trancado na biblioteca de sua casa devorando livros infantis, sobretudo os de Monteiro Lobato.
Em 1951, a família volta a viver na Bahia. É em Salvador que João conclui o ciclo básico e entra para a faculdade de Direito, na qual conhece um de seus grandes amigos, o cineasta Glauber Rocha. Juntos, editam revistas e jornais culturais. Apesar de aluno exemplar, João nunca exerceu a profissão de advogado. E não deixou mais o mundo das letras. Entre suas obras estão "Setembro não tem sentido", "Sargento Getúlio", "O sorriso do lagarto" e "A casa dos Budas ditosos".
João também foi autor de um dos mais geniais romances brasileiros de todos os tempos: "Viva o povo brasileiro", que se passa na Ilha de Itaparica e percorre quatro séculos da história do país. Originalmente o livro se chamava "Alto lá, meu general". Segundo João, o livro nasceu de um desafio de seus editores e da lembrança de uma afirmativa de seu pai, que dizia: "Livro que não fica em pé sozinho, não presta." O livro recebeu o Prêmio Jabuti em 1984.
Ao falar sobre o ofício de escrever, João disse: “Todo mundo tem um dom. E eu acredito que o grande pecado que o sujeito pode cometer é trair seu dom.”
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