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Futebol feminino: do sonho à Copa

Caminhos da Reportagem

No AR em 16/09/2024 - 23:00

O gol, melhor momento do jogo, ponto alto da partida, original do inglês, goal, a meta a ser alcançada. Para muitas meninas e mulheres, fazer a bola balançar a rede significa, de fato, um objetivo de vida: ser jogadora de futebol.

"Desde pequenininha, eu sempre acompanhei muito esporte, qualquer esporte em si. Sempre fui voltada para o esporte, mas quando encontrei o futebol, eu sabia que era lá que eu ia seguir para minha vida", conta Duda Gil, goleira de 14 anos do projeto social "Daminhas da Bola", de Duque de Caxias, Baixada Fluminense.

Caminhos da Reportagem - Duda Gil-goleira do projeto Daminhas da Bola
Duda Gil, goleira do projeto Daminhas da Bola - Divulgação/TV Brasil

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) registra que há mais de 7300 jogadoras amadoras no Brasil e 801 que atuam em equipes profissionais. Esses dados não englobam jogadoras que jogam futebol de salão e futebol de sete, modalidades que geralmente são a porta de entrada de meninas no futebol feminino de campo, mas não são geridas pela Confederação.

Caminhos da Reportagem - Jogadoras do projeto Minas Brasília
Jogadoras do projeto Minas Brasília - Divulgação/TV Brasil

Segundo o Diagnóstico do Futebol Feminino do Brasil, feito pelo Ministério do Esporte em 2023, 84% das atletas em categorias de base jogam em times do Sul e Sudeste (50% em cada). Deste total, 73% das meninas nasceram em estados das duas regiões. O restante é formado por jogadoras emigrantes, mas ainda que no eixo Sul e Sudeste se concentrem as oportunidades para as iniciantes, as jovens jogadoras ainda têm que driblar diversos desafios para alcançar um lugar em um clube profissional.

"Muito difícil, principalmente para as meninas mais novas. É um cenário complicado, porque hoje, principalmente no Rio de Janeiro, as meninas não encontram ambientes de formação focados só para o feminino. A gente encontra centenas de escolas de futebol masculino, mas não escolas e projetos focados no futebol feminino", avalia Joyce Barros, coordenadora do projeto Daminhas da Bola.

Caminhos da Reportagem - JOYCE BARROS, COORDENADORA DO PROJETO DAMINHAS DA BOLA
Joyce Barros, coordenadora do projeto Daminhas da Bola - Divulgação/TV Brasil

Os desafios ainda são grandiosos, mas dois motivos da mesma forma imponentes contribuem para um momento próspero para o futebol de mulheres brasileiro. O primeiro, a escolha do Brasil como país sede da Copa do Mundo Feminina de 2027, e o segundo é a medalha de prata conquistada pela seleção de Arthur Elias nos Jogos de Paris. Há 16 anos, a seleção não subia em um pódio olímpico.

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Criado em 16/09/2024 - 14:35

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