Ele é brasileiro, filho de pais ingleses, mas, na realidade, Alan Riding é um verdadeiro cidadão do mundo, que viveu em vários países, principalmente na América Latina.
Jornalista internacional, trabalhou para o ONU e para importantes revistas e jornais, americanos e europeus, sendo correspondente do The New York Times por 30 anos, 12 deles cobrindo a vida cultural européia.
Autor do best-seller Vizinhos distantes, sobre a sociedade e a cultura mexicana, e de um livro referência sobre óperas e o teatro de Shakespeare, há dois anos ele lançou, com estrondoso sucesso nos Estados Unidos e Inglaterra, o livro Paris, a festa continuou, que traça um painel meticuloso da vida cultural na França durante a Segunda Guerra Mundial e a relação dos intelectuais franceses com os nazistas no país ocupado.
Polêmico, o livro demorou a ser editado na França e agora está sendo lançado no Brasil. Na entrevista, Riding conta, entre outras coisas, sobre o que aconteceu naqueles anos sombrios, em que a vida cultural da chamada Cidade Luz estava em plena efervescência, e como, entre a resistência e a adesão ao nazismo, vários artistas e escritores tiveram um posicionamento ambíguo, como Sartre, Picasso e Malraux.
Apresentação: Roberto D'Avila
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