Considerado um dos maiores atores italianos, célebre por seus papéis em “Mimi, o metalúrgico” e “Pasqualino sete belezas”, Giancarlo Giannini, que também fez um dos principais papéis no dois últimos filme da franquia “James Bond”, é o convidado desta semana do jornalista Roberto D'Avila. Num bate-papo gravado em Roma, o entrevistado, que está lançando o seu primeiro filme como diretor, “Eu procurei você em todos os obituários”, revelou ser um profundo conhecedor da história do cinema e estar bastante comprometido com a arte do seu país.
“Qual é a diferença entre um ator americano e um italiano? Nós tivemos a Commedia dell'Arte, que é algo típico italiano, o teatro de máscaras. Nós a criamos, como a ópera, que fomos nós que inventamos. Depois tivemos gênios, como Eduardo De Filippo, que conseguiram transmitir bem esse espírito italiano de brincadeira, de fantasia, de máscaras. Por isso, já levamos vantagem do ponto de vista da expressão. Não é que os americanos sejam piores, mas como não tiveram essa tradição... Nós tivemos a sorte de ter uma tradição crítica e cultural que remonta a séculos atrás. Os americanos têm 200 anos de vida. Mas eles têm algo que nós não temos. Eles têm uma ingenuidade infantil”, diz o ator, que trabalhou com alguns dos mais importantes diretores de cinema do mundo, como Mario Monicelli, Lina Wertmüller, Luchino Visconti, Rainer Fassbinder, Ettore Scola, Ridley Scott e Woody Allen, e também é professor de interpretação no Centro Sperimentale di Cinematografia di Roma.
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