Você acredita em tudo o que lê na internet? Muita gente não verifica a origem da informação e acaba ajudando a espalhar boatos e notícias falsas nas redes sociais. Por que esse tipo de conteúdo é tão presente hoje em dia? Será que há formas de identificar o que é verdade e o que é mentira? Existe algum tipo de responsabilização para quem publica e propaga informação falsa? Neste Diálogo Brasil, a jornalista Manuela Castro entrevista o pós-doutor em Comunicação Luiz Carlos Iasbeck e o mestre em Comunicação e Sociedade Gerson Sheid, ambos professores da Universidade Católica de Brasília.
Iasbeck aponta que o boato e a fofoca são fenômenos tão antigos quanto a humanidade. “Antes de julgar uma notícia falsa, eu penso que a gente deveria ter um cuidado muito grande em entender como ela tem tanta repercussão. Quando a notícia falsa pega é porque, de certa forma, ela está alimentada no imaginário das pessoas.” O professor também destaca o peso da palavra escrita na nossa cultura: “Atualmente, mesmo nos meios digitais, aquilo que está escrito é verdade porque alguém escreveu. Ou seja, se falou, eu posso duvidar, mas se escreveu, eu posso confiar porque é verdade”.
Sheid chama atenção para os prejuízos que os boatos e informações falsas podem causar nas pessoas, principalmente nos grupos mais vulneráveis da sociedade. Por isso, a necessidade de ter cuidado ao compartilhar uma notícia, “porque ao compartilhar uma coisa falsa você está legitimando aquela notícia para a sua rede de amigos, que pode compartilhar com outra rede de amigos e isso chegar a milhares de pessoas”. Tanto quem produz, como que compartilha uma notícia falsa tem responsabilidade sobre os danos que podem ser causados.
O programa conta com a participação dos jornalistas Edgard Matsuki, que criou o site Boatos.org para desvendar notícias falsas que circulam pela rede, e Cristina Tardáguila, criadora da agência Lupa, especializada em checar a veracidade das notícias.
Diálogo Brasil vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na TV Brasil.
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