Duas notícias veiculadas no fim-de-semana mostram como anda o nosso futebol. A primeira, no jornal O Globo, em que o técnico da Seleção na Copa, Parreira, reconhece que o time não estava pronto para disputar a competição e que Roberto Carlos falhou no gol francês. A segunda, no Fantástico, revela que os gols, na maioria dos estádios do Brasil, estão fora da regra.
E ainda somos o país do futebol.
Que me desculpe o Parreira, mas se alguém tem culpa, na perda da Copa, é ele. Quem era o comandante? Quem selecionou? Quem escalou o time? Quem estava no dia-a-dia com o grupo? Pois é. Se ele percebeu que as coisas não andavam bem, tinha de mudar. E, realmente, nunca saberemos se o time que venceu o Japão ganharia a Copa. Até porque, ele, time, nunca mais voltou a campo.
Agora tudo isso é passado e temos de pensar na nova seleção, a do Dunga, que estréia essa semana. Qual será o resultado não importa. O que queremos ver é um time disposto, que lute pela vitória, que defenda a camisa do Brasil. Ganhar ou perder, como aconteceu na Copa, faz parte do jogo. Mas quando perdermos, temos de estar de cabeça erguida, sem entregar o resultado. A torcida, principalmente ela, não merece ver em campo um time sem vontade.
E, também, um campo com dimensões corretas. O Inmetro descobriu que além de as áreas não estarem dentro das regras, assim como algumas marcações, os gols variam de altura, de estádio para estádio. Que maravilha! Bola que bate no travessão em Campinas entra fácil no Maracanã a diferença na distância do chão ao travessão, entre esses estádios, chega a 21 centímetros! Só pode ser brincadeira. O jogador passa a semana inteira treinando cobrança de falta para encarar mais esse adversário na hora do jogo. Como se já não bastasse a barreira, que fica bem pertinho dele culpa do árbitro -, agora ele também tem de calibrar a força de acordo com a altura do gol.
Repito: e ainda somos o país do futebol.
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