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A nova Lapa de Marcos Sacramento e Nilze Carvalho

Samba e choro no bairro que fascina músicos, moradores e turistas

Musicograma

No AR em 17/09/2012 - 03:00

Marcos Sacramento

Reduto da fina malandragem e da nata do samba carioca nas primeiras décadas do século vinte, a Lapa não perdeu o fascínio. Sobre as mesmas pedras onde pisaram Noel Rosa, Pixinguinha, Geraldo Pereira, Assis Valente, Darcy do Jongo, Oswaldo Nunes, Madame Satã, Grande Otelo, Araci de Almeida entre muitos e muitos outros, criadores contemporâneos elegem a Lapa como o ponto de encontro para onde todos os gêneros musicais confluem, notadamente, o samba.

Neste ambiente, compositores submetem novidades aos ouvidos atentos e apurados de amigos e de plateias exigentes e diversas; outros testam repertório e todos amealham público cativo. Hoje, como antes, a Lapa é palco de prova para novos valores e tendências da MPB. Marcos Sacramento, já no início da carreira, na década de 80, como integrante do grupo pop-rock Cão sem Dono, logo percebeu a importância da Lapa. Consciente da grandeza do espaço cênico de que dispunha para fundamentar a carreira, investiu no samba. Compositor econômico e intérprete versátil, seu primeiro trabalho solo, “A modernidade da tradição” reflete os caminhos que busca na música, nestes 15 anos de carreira.

Nilze Carvalho nasceu em 1970, início da década em que o Rio de Janeiro revitalizou o choro. O processo veio num crescendo: em 1973, Sérgio Cabral dirige o show Sarau, com Paulinho da Viola, Copinha e o conjunto Época de Ouro; em 1975 surge o Clube do Choro do Rio de Janeiro. Para não ficar atrás, a TV Bandeirantes (SP) organiza o Primeiro Festival Nacional do Choro e é inaugurado, em Brasília, o Clube de Choro, um dos mais importantes do gênero.

Nilze Carvalho

Neste clima foi natural que Nilze, portelense de berço, escolhesse a música como bandeira e o choro como gênero. Menina prodígio, entre 1981 e 84 gravou quatro discos como instrumentista. Virou figurinha fácil na TV e por sorte escapou de ser integrante de algum grupo infantil, como era comum naqueles anos em que nasceram o Trem da Alegria, Balão Mágico e outros. Nilze era original demais. Recusou fazer play-back. Viveu parte da infância e adolescência fora do Brasil. Na volta ao país, iluminou a Lapa ora como integrante do grupo Sururu na Roda, ora em uma bem sucedida carreira solo.





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Criado em 03/09/2012 - 20:00 e atualizado em 19/11/2012 - 17:35

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