É difícil separar a realidade da ficção, quando o assunto são as origens da Bossa Nova. Esse gênero musical, um dos mais importantes da música brasileira do século XX, é o retrato dos anos 1950, década em que o futebol brasileiro foi reconhecido mundialmente pela conquista do bicampeonato; nosso cinema ganhou a “Palma de Ouro” em Cannes com “O Pagador de Promessas” e Eder Jofre foi sagrado o “Galinho de Ouro” do boxe.
A trilha sonora da época era as canções de rádio nas vozes de Lúcio Alves, Dick Farney e outros. Filho de um maestro de banda no interior de Minas Gerais, Lúcio se mudou para o Rio de Janeiro decidido a viver de música. Já era violonista, cantor e arranjador quando criou o conjunto Namorados da Lua, nos anos 40. Com o grupo, gravou marchinhas de carnaval e atuou nas rádios e cassinos. Ainda fazia parte do conjunto quando compôs o clássico “De Conversa em Conversa”, em parceria com Haroldo Barbosa. A partir daí, as portas para o sucesso foram abertas.
Nos anos 1970, Lúcio Alves assinou vários quadros musicais na extinta TV Educativa do Rio de Janeiro e gravou pouco. Em 1975 visitou os repertórios de Pixinguinha, Tom Jobim e Chico Buarque, cantando canções com nomes de mulheres. A contribuição de Lúcio à Bossa Nova começou a ser revista a partir da sua morte, no dia 3 de agosto de 1993.
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