O sambista Monarco chega aos 80 anos de idade como um dos mais jovens integrantes da Velha Guarda da Portela, a azul e branco de Madureira. Autor de sucessos gravados por Martinho da Vila, “Tudo Menos Amor”; Paulinho da Viola, “Passado de Glória” e Clara Nunes, “Rancho da Primavera”, ele honra os grandes compositores da sua geração.
Monarco da Portela é o nome artístico do carioca Hildemar Diniz, pai do maestro Mauro Diniz e do compositor Marcos Diniz. Os filhos mantêm a tradição de Monarco e de seus parceiros da antiga, todos já falecidos: Alcides Dias; Lopes, o Malandro Histórico da Portela; Chico Santana, Manacéa, Mijinha e Candeia.
Apesar da importância no Samba, Monarco gravou pouco, mas seu talento é reconhecido na Europa, Japão e Estados Unidos. O CD, "A Voz do Samba", lançado pelo selo Kuarup, em 1995, lhe rendeu um Prêmio Sharp de melhor cantor do gênero.
Monarco defende a linha melódica dolente dos seus sambas com um argumento incontestável: “O Rio de Janeiro tem o pequeno privilégio de ser onde tudo começou, de ter criado a primeira escola, no Estácio. Aqueles grupos queriam desfilar e o falecido Ismael Silva avisou: 'Aqui vai ser para aprender, é escola de samba'. A expressão pegou. 'A música vem do coração', como disse Noel Rosa. Os momentos inspirados trazem coisas bonitas. Não adianta ensinar, música é dom que Deus dá. Uma coisa é querer, outra é ter o dom. Não há como forçar”, reflete o experiente compositor.
Em junho de 2013, Monarco ganhou o título de melhor cantor de samba no Prêmio da Música Brasileira pelo álbum: "A Soberania do Samba".
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