A eletrificação da MPB, primeiro com a Jovem Guarda, em 1965, depois, com a Tropicália, em 1967, despertou a curiosidade e o interesse pela experimentação. A Bossa Nova, movimento anterior, preferiu continuar no modo acústico. Afinal, pra que alterar o volume da música que foi durante muito tempo a trilha ideal para os bate-papos na sala de jantar? O estilo que caía tão bem como conversa ao pé do ouvido.
O samba vestido de Bossa Nova poderia continuar assim, mas Jorge Benjor entrou na história e criou o samba-rock. Balanço irresistível que Simonal capturou e amplificou para o Brasil inteiro, na batida de “País Tropical”. A fórmula criada por Benjor animou bailes e chegou com força total aos anos 1970, década em que música e panfletagem eram articuladas sem uma separação muito nítida.
O samba-rock formatado por Benjor flertou com a Jovem-Guarda, com o Tropicalismo e com a Soul Music dos 70, mas manteve sua identidade própria. Samba-Rock era música pra dançar. Aliada à batida perfeita, as letras eram menos politizadas e incentivavam mesmo a alegria.
O paulista Bebeto e o carioca Claudio Zoli tiveram Benjor e os ídolos do Rhythm and blues como referência. Talentos escolados nos bailes, eles souberam encontrar caminhos próprios, coisa difícil num estilo de tocar e cantar que, de tão contagiante, mesmifica vozes e maneiras de dizer.
Apesar disto conquisataram o público e souberam mantê-lo, independentes dos modismos a que, sempre que lhe convém, o mercado cisma em rotular ou enquadrar como MPB.
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